Banco americano manda investidores "esquecerem" o Brasil em 2015 Em relação ao País, analistas destacaram a nomeação de um novo ministro da Fazenda que pode aliviar preocupações acerca do rebaixamento da nota de crédito de dívida soberana
SÃO PAULO - Estrategistas do Bank of America Merrill Lynch recomendaram "esquecer" Brasil e Rússia dentro do grupo "Bric" em 2015 e sugeriram a investidores de mercados emergentes que se concentrem em Índia e busquem oportunidades para aumentar a alocação em China.
"Vemos desafios significativos para Brasil e Rússia nos próximos muitos meses", escreveram em relatório nesta terça-feira os estrategistas de portfólio e renda fixa do BofA Merrill Lynch, Cheryl Rowan e Martin Mauro.
No mesmo documento, eles disseram que preferem nos Estados Unidos a alocação de recursos em ações em vez de títulos de dívida pública, "mas não estamos esperando que o diferencial do retorno seja tão grande como nos últimos poucos anos".
Estrategistas do Bank of America Merrill Lynch recomendaram "esquecer" Brasil e Rússia entre os Brics (Reuters)
"Junto com uma maior seletividade no mercado acionário dos EUA, ficamos mais seletivos dentro dos mercados emergentes, preferindo Índia e China sobre Brasil ou Rússia em 2015", disseram os estrategistas.
Em relação ao Brasil, eles destacaram a nomeação de um novo ministro da Fazenda que pode aliviar preocupações acerca do rebaixamento da nota de crédito de dívida soberana.
"No entanto, crescimento fraco da economia e do lucros das empresas, desafios entre políticas monetária e fiscal, alto nível de inflação e potencial de desvalorização adicional da moeda nos mantêm à margem", afirmaram.
Para à Rússia, o BofA espera condições de recessão em 2015, conforme a demanda doméstica continue a enfraquecer, em meio à pressão de alta da inflação e debilidade do crescimento salarial.
No caso de Índia e China, os estrategistas veem padrões diferentes de crescimento, com o primeiro país no caminho de uma recuperação, enquanto o segundo deve desacelerar e mudar o foco de uma expansão orientada pelo investimento para o consumo.
O relatório cita que o time de economistas do BofA na Ásia espera que a Índia ultrapasse o Brasil e a Rússia para se tornar o segundo maior no Bric até o ano fiscal de 2017.
O BofA vê a Índia com um dos mercados com melhor desempenho em 2014 e espera continuidade em 2015. "Com a inflação diminuindo, o banco central (da Índia) deve cortar os juros, o que deve repercutir na melhora da confiança dos consumidores e das empresas e em um crescimento econômico proporcionalmente maior", citam os estrategistas do BofA, entre os pontos forte para o país.
A China, por sua vez, deve se beneficiar do alívio na política monetária pelo governo e de preços menores de commodities. O BofA também avalia que os líderes chineses parecem focados em reformas estruturais para 2015, particularmente relacionadas à melhoria dos governos locais e regionais.
"Vemos desafios significativos para Brasil e Rússia nos próximos muitos meses", escreveram em relatório nesta terça-feira os estrategistas de portfólio e renda fixa do BofA Merrill Lynch, Cheryl Rowan e Martin Mauro.
No mesmo documento, eles disseram que preferem nos Estados Unidos a alocação de recursos em ações em vez de títulos de dívida pública, "mas não estamos esperando que o diferencial do retorno seja tão grande como nos últimos poucos anos".
Estrategistas do Bank of America Merrill Lynch recomendaram "esquecer" Brasil e Rússia entre os Brics (Reuters)
"Junto com uma maior seletividade no mercado acionário dos EUA, ficamos mais seletivos dentro dos mercados emergentes, preferindo Índia e China sobre Brasil ou Rússia em 2015", disseram os estrategistas.
Em relação ao Brasil, eles destacaram a nomeação de um novo ministro da Fazenda que pode aliviar preocupações acerca do rebaixamento da nota de crédito de dívida soberana.
"No entanto, crescimento fraco da economia e do lucros das empresas, desafios entre políticas monetária e fiscal, alto nível de inflação e potencial de desvalorização adicional da moeda nos mantêm à margem", afirmaram.
Para à Rússia, o BofA espera condições de recessão em 2015, conforme a demanda doméstica continue a enfraquecer, em meio à pressão de alta da inflação e debilidade do crescimento salarial.
No caso de Índia e China, os estrategistas veem padrões diferentes de crescimento, com o primeiro país no caminho de uma recuperação, enquanto o segundo deve desacelerar e mudar o foco de uma expansão orientada pelo investimento para o consumo.
O relatório cita que o time de economistas do BofA na Ásia espera que a Índia ultrapasse o Brasil e a Rússia para se tornar o segundo maior no Bric até o ano fiscal de 2017.
O BofA vê a Índia com um dos mercados com melhor desempenho em 2014 e espera continuidade em 2015. "Com a inflação diminuindo, o banco central (da Índia) deve cortar os juros, o que deve repercutir na melhora da confiança dos consumidores e das empresas e em um crescimento econômico proporcionalmente maior", citam os estrategistas do BofA, entre os pontos forte para o país.
A China, por sua vez, deve se beneficiar do alívio na política monetária pelo governo e de preços menores de commodities. O BofA também avalia que os líderes chineses parecem focados em reformas estruturais para 2015, particularmente relacionadas à melhoria dos governos locais e regionais.
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