Acidente ferroviário no Rio de Janeiro deixa 150 vítimas e traz à cena a mitomania de Lula

Radiografia do caos – O choque entre dois trens ocorrido na noite de segunda-feira (5) na Estação Presidente Juscelino, em Mesquita, na Baixada Fluminense, deixou 150 feridos. Se o acidente tivesse ocorrido em São Paulo, mais importante estado da federação, o PT já estaria promovendo uma enorme gritaria, quiçá abriria os trabalhos legislativos deste ano com a proposta de criação de uma CPI na Assembleia Legislativa para investigar as causas do acidente e buscar responsáveis, de preferência no Palácio dos Bandeirantes, que há muito o partido sonha em tomar de assalto.
É fato que o transporte público no estado de São Paulo exige melhoras constantes, mas pelo menos não produz acidentes como o ocorrido no Rio de Janeiro, que por sorte não deixou vítimas fatais. Críticas ao governo do Rio não ocorrem por parte do PT porque no âmbito federal o partido do governador Luiz Fernando Pezão, o PMDB, é o principal esteio político da chamada base aliada. Sem contar que é o partido do vice-presidente da República, Michel Temer.
Deixando as questões partidárias de lado, partimos para os temas políticos que envolveram o acidente. Na verdade, a colisão entre as duas composições ferroviárias trouxe a lume a extensão da conhecida mitomania do ex-presidente Luiz Inácio da Silva, o agora lobista de empreiteira Lula.
Em 2006, quando se preparava para disputar a reeleição, Lula ousou dizer que a saúde pública no Brasil estava a um passo da perfeição. A desfaçatez do então presidente era tamanha, que, anos depois, chegou a sugerir a Barack Obama que adotasse o modelo do Sistema único de Saúde (SUS) nos Estados Unidos. Meses após a enfadonha declaração, Lula admitiu ter mentido com o objetivo de garantir a vitória nas urnas, já que seu adversário na corrida presidencial de então, Geraldo Alckmin (PSDB), o ameaçava eleitoralmente.
Em 2007, já reeleito, Lula abusou mais uma vez da verborragia insana. Faltando poucos dias para a abertura dos Jogos Pan-Americanos, que naquele ano teve como palco a Cidade Maravilhosa, o então presidente garantiu que, encerrado o evento esportivo, o Rio de Janeiro teria à disposição o melhor esquema de segurança pública do País. Essa fala bisonha de Lula serviu para justificar a gastança de dinheiro público em segurança e aquisição de viaturas policiais.
Voltando aos dias atuais… Logo após o choque entre os trens na Estação Presidente Juscelino, criminosos invadiram a linha férrea para assaltar as vítimas que ainda aguardavam pela chegada de socorro. Os meliantes pularam a grade de proteção da estação e partiram para o crime, como se o Brasil fosse um país desprovido de leis. A ação dos criminosos mostra que o modelo de segurança pública no Rio de Janeiro está longe de ser o melhor do País, assim como confirma a inocuidade do Pronasci, Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania, incensado à exaustão no Congresso Nacional pela então senadora Ideli Salvatti (PT-SC), atual ministra da Secretaria de Direitos Humanos. Aliás, Ideli deveria se pronunciar com urgência sobre a ação dos deliquentes que no Rio não respeitaram a dor dos acidentados.
Com a chegada dos bombeiros ao local do acidente, as vítimas foram encaminhadas a hospitais da região. A excelência da saúde pública brasileira, que Lula disse estar a um passo da perfeição, ficou evidente na noite de segunda-feira, na Baixada Fluminense, quando uma das ambulâncias que foram ao local levou ao hospital nove feridos de uma só vez. Um ato de irresponsabilidade sem precedentes. Para provar que Lula é um embusteiro contumaz, uma das vítimas do acidente só conseguiu ser atendida na manhã desta terça-feira (6), ou seja, doze horas depois do acidente. Isso porque o hospital estava lotado.
O PT é uma organização criminosa, como disse o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e ficou provado nos escândalos do Mensalão e do Petrolão, mas 54 milhões de eleitores preferem não enxergar a realidade e por isso votaram pela continuidade de Dilma Rousseff no poder central. Na democracia o voto é livre, como deve ser, mas é inaceitável que mais de 80 milhões de brasileiros, que não votaram em Dilma, assistam ao desmonte do país sem esboçar qualquer reação. Lembrando que pedir o impeachment da presidente nas redes sociais não significa reagir. É preciso levantar da cadeira e fazer algo para interromper esse status quo que mescla incompetência com roubalheira.

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