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Brasil 18.02.2015
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse à Folha de S. Paulo que condenar o fato de ele ter-se reunido com advogados de empreiteiras do Petrolão é coisa da ditadura. A OAB, alinhada com o PT, ontem divulgou uma nota no mesmo sentido. Omitiram que as reuniões foram secretas e que José Eduardo Cardozo fez advocacia administrativa, crime previsto no Código Penal, em prol das empreiteiras corruptoras.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse à Folha de S. Paulo que condenar o fato de ele ter-se reunido com advogados de empreiteiras do Petrolão é coisa da ditadura. A OAB, alinhada com o PT, ontem divulgou uma nota no mesmo sentido. Omitiram que as reuniões foram secretas e que José Eduardo Cardozo fez advocacia administrativa, crime previsto no Código Penal, em prol das empreiteiras corruptoras.
Diante dessas manifestações despudoradas, O Antagonista toma a liberdade de publicar com destaque o comentário enviado por Magda Brossard Iolovitch, filha do ex-ministro da Justiça e ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Paulo Brossard -- um brasileiro exemplar que combateu a ditadura militar desde o primeiro momento. No comentário, ela dá vazão à indignação com a nota da OAB em defesa de José Eduardo Cardozo. Por favor, leia:
Sou advogada, inscrita na OAB/RS. Votei na chapa que elegeu Cláudio Lamacchia para o Conselho Federal da OAB, depois de uma ótima gestão na OAB/RS. Lamacchia, agora Vice-Presidente da OAB nacional, assina esta nota lamentável, triste, patética. Já me manifestei a ele pelo twitter. Esta nota parte de omissões, de fatos distorcidos, para não dizer falsos. Fala nas prerrogativas dos advogados, ok. Mas aqui não se trata disso. A OAB não pode defender que um Ministro da Justiça, também advogado, receba advogados às escondidas para dizer que uma operação da PF-MPF- Poder Judiciário vai ser amolecida! Uma operação que busca enfrentar a corrupção, um mal que corrói nossas instituições! A nota da OAB trata de uma meia-verdade, e por isto é mais vergonhosa! Acrescento: meu pai, advogado formado há quase setenta anos, foi Ministro da Justiça. Jamais fez coisa semelhante. Sempre teve a noção dos deveres do cargo. Deste, e de todos os que exerceu. Nunca fez nada escondido, e sempre defendeu a coisa pública. Entrou e saiu de cabeça erguida. Estou envergonhada e constrangida pela nota da OAB, que distorce os fatos. Raymundo Faoro, colega de meu pai na Faculdade de Direito, que presidiu a OAB, também estaria envergonhado pelos rumos que tomou a entidade.
Magda Brossard Iolovitch
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