23/03/2015 | Escrito por admin Líder quer que o Congresso debata recrutamento de jovens brasileiros pelo “Estado Islâmico”


Alerta geral – Setores de inteligência do governo federal detectaram tentativas de cooptação de brasileiros para atuar como “lobos solitários” – extremistas que, por não integrar as listas internacionais de terroristas, têm mais mobilidade e são capazes de fazer atentados isolados e imprevisíveis em diferentes países. É o que informa o jornal “O Estado de S. Paulo”, que na edição de domingo (22) trouxe matéria a respeito do tema, assunto que preocupou a sociedade como um todo.
Líder do PPS na Câmara dos Deputados, Rubens Bueno (PR), anunciou que entrará, nesta semana, com pedidos para que o governo brasileiro explique ao Congresso Nacional, em detalhes, a informação de que extremistas do “Estado Islâmico” (EI) estariam tentando recrutar jovens em território nacional. Ainda de acordo com o Estadão, o tema teria sido alvo de reuniões da alta cúpula da segurança nacional e a Casa Civil do Palácio do Planalto, na última semana.
A ideia do deputado paranaense é envolver o Parlamento no debate do problema e buscar soluções. O líder do PPS apresentará requerimentos para ouvir o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o Ministério da Justiça e a Casa Civil.
“Este é um tema que deve unir Executivo, Legislativo e o Judiciário porque, sem debate e sem estratégia conjunta, não é possível somar forças para enfrentar esta eventual ameaça. O Congresso precisa estar envolvido até para fazer as alterações necessárias no nosso ordenamento jurídico, visando fortalecer as instituições”, justificou o deputado.
Rubens Bueno também enviará ofício à Autoridade Pública Olímpica (APO) para obter esclarecimentos sobre os níveis de protocolo de segurança que as autoridades estão trabalhando, visando as Olimpíadas de 2016, no Brasil. A preocupação com supostas ações do EI durante as competições do próximo ano constaria dos relatórios de posse do governo federal.
A ação de representantes dos jihadistas do “EI” em território brasileiro não é novidade, pois na chamada “Tríplice Fronteira” há um grande número de simpatizantes dos extremistas que usam o Islã como desculpa para atentados contra o Ocidente.
Há pouco mais de uma década, o editor do UCHO.INFO alertou autoridades brasileiras para o fato de que remessas de dinheiro a partir de Foz de Iguaçu, usando casas de câmbio localizadas na cidade de São Paulo, serviram para abastecer o caixa do grupo terrorista Al Qaeda, á época liderado por Osama bin Laden. Uma dessas movimentações financeiras, que usavam contratos fraudulentos de importação, foi detectada por policiais, que na ocasião cobraram US$ 700 mil para que o caso fosse abafado.

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