Políticos na Suécia não têm motorista e moram em quitinetes, conta brasileira em livro

o livro Um país sem excelências e mordomias, a jornalista brasileira Claudia Wallin narra sua descoberta de um país em que políticos não têm imunidade e são julgados pela Justiça comum e onde parlamentares dividem assessores e até o gabinete de trabalho: a Suécia.
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Primeiro-ministro da Suécia apareceu em 2008 no jornal Aftonbladet com dicas de limpeza Reprodução/aftonbladet.se
É preciso dizer que é um relato de não ficção”, afirma Claudia, em entrevista ao R7, descrevendo sua surpresa ao descobrir as diferenças entre os políticos dos dois países.
Moradora da Suécia há mais de 11 anos, ela diz que há um sentimento de “igualdade” no país que faz com que os políticos não sejam vistos como “pessoas de uma classe superior”.
 Um parlamentar ganha aqui quase 50% a mais, em valores líquidos, do que ganha um professor.
Nesse caso, a diferença para o Brasil é gritante: enquanto o salário-base de um professor aqui é de R$ 1.697, o de um parlamentar é de R$ 33,7 mil (1.885% a mais).
Hoje a Suécia está em quarto lugar no ranking da Transparência Internacional, lista que mede o nível de corrupção nos países — o Brasil ocupa a 69ª posição.
Mas Claudia lembra que nem foi sempre assim e que o país teve de realizar um “aperfeiçoamento gradual da democracia”.
— Além de fazer investimentos maciços em educação e pesquisa, além de ter criado a primeira lei da transparência do mundo, é um país que também promoveu reformas abrangentes, como a reforma política, reforma administrativa, reforma da educação.
Leia a seguir os melhores trechos da entrevista e, ao final, veja uma entrevista em vídeo com a autora deUm país sem excelências e mordomias.

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