Caiado suspeita que MST agiu no atropelamento de jovens do Movimento Brasil Livre 24/05/2015 15h54 Por Marcello Dantas Edição 2081 Senador goiano disse em rede social que a polícia foi avisada sobre as ameaças do Movimento Sem Terra. Dois integrantes do Movimento Brasil Livre ficaram feridos

O senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) levantou suspeita sobre o motorista que atropelou dois integrantes do Movimento Brasil Livre (MBL), na noite de sábado (25), próximo à cidade de Alexânia, a 120 quilômetros de Goiânia.
Pelo Facebook, o democrata afirmou que a polícia vai investigar se o homem identificado como José Lino, de 48 anos, estava realmente alcoolizado quando conduzia a caminhonete. “Estou monitorando a passagem deles por Goiás e a polícia já foi devidamente avisada sobre as ameaças do MST [Movimento Sem Terra]”, disse. A postagem do senador goiano gerou vários comentários e foi compartilhada mais de mil vezes.
A suspeita é a de que José Lino seria um dos líderes do MST. O motorista foi preso em flagrante e encaminhado para a delegacia de Abadiânia. Ele havia ingerido bebida alcoólica e o teste do bafômetro apontou 0,67 miligramas da substância.

O acidente

O acidente aconteceu por volta das 19 horas, a cerca de 5 quilômetros de Alexânia. Uma caminhonete colidiu na traseira de um carro que dava apoio aos manifestantes. O grupo caminhava pelo acostamento rumo a Brasília.
Kim Kataguiri, 19, líder da marcha, teve ferimentos no braço. Amanda, 28, foi arremessada contra um dos veículos, sofrendo um corte na cabeça. O rapaz não precisou ser hospitalizado, mas a mulher foi levada ao Hospital de Urgência de Anápolis (Huana), de onde deve ter alta ainda hoje. Ambos passam bem.
Os manifestantes saíram de São Paulo em 27 de abril, na chamada marcha pela liberdade, em protesto contra a presidente Dilma Rousseff (PT). A previsão é que o grupo chegue a capital federal em 27 de maio, data em que está agendada manifestação que pede o impeachment da petista
No dia 20 de maio, Kim e outros integrantes do MBL concederam entrevista ao Jornal Opção. Durante a conversa, os jovens descartaram o PSDB como alternativa possível ao governo do PT e atribuíram a queda na quantidade de pessoas nas ruas nas manifestações do dia 12 de abril à “pulverização” do movimento.
“O PSDB não é uma alternativa, mesmo porque não só o PSDB como nenhum outro partido hoje existente é liberal. Não existe partido, por exemplo, que defenda oficialmente e abertamente a privatização da Petrobrás como a gente defende ou a privatização da saúde e da educação com sistema de voucher como a gente também defende”, afirmou Renan Santos, um dos manifestantes.
Kim Kataguiri (à direita) e outros integrantes do MBL, em entrevista | Foto: Fernando Leite/Jornal Opção

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