O Departamento de Justiça dos Estados Unidos mostrou, didaticamente, o que pode ser chamado de fluxograma da propina na corrupção na Fifa,
Caso as investigações avancem no Brasil, podem atingir em cheio as Organizações Globo.
O esquema trata basicamente de uma corrupção em cadeia:
Organizadores de um evento de futebol, seja a própria Fifa, ou as confederações dos continentes, regionais ou até nacionais, como a CBF, são quem primeiro detêm os direitos de transmissão e marketing dos eventos.
Para comprar esses direitos, empresas de Marketing Esportivo, como a Traffic Group, do brasileiro José Hawilla, pagavam milhões às confederações, e outros milhões de dólares em propina para os dirigentes das entidades.
O esquema desenhado pelo governo americano aponta que as empresas de marketing esportivo, de posse dos direitos de transmissão de campeonatos importantes, como a Copa do Mundo, Libertadores, Copa América ou até a Copa do Brasil, revendia esses direitos aos grupos de comunicação e patrocinadores, que também pagavam propina às empresas para fecharem os contratos.
De acordo com a secretária de Justiça dos EUA, Loreta Lynch, a corrupção em jogos comandados pela Fifa e suas confederações subalternas existe de forma “sistêmica e desenfreada” há pelo menos 24 anos.
No Brasil, a Globo é dona soberana dos direitos de transmissão dos principais eventos mundiais do futebol desde os anos 70, e mantém relações empresariais com o pivô do escândalo, o brasileiro J. Hawilla, dono da maior afiliada da emissora.
Hawilla é réu confesso de crimes de extorsão, fraude eletrônica e lavagem de dinheiro.
O “Jornal da Globo” de quarta-feira 27 diz que “não pesam acusações ou suspeitas sobre as empresas de mídia de todo o mundo que compraram desses intermediários os direitos de transmissão”.
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