SARTORI RENUNCIOU? SARTORI FUGIU?

sartori careca
A notícia que acaba de ser veiculada pela Rádio Gaúcha,  de que o Governador do Estado do Rio Grande do Sul,  José Ivo Sartori embarcou para o Estado do Paraná,  para cumprir agenda de cunho eminentemente pessoal deixa os gaúchos sem entender nada. Diante de uma das maiores crises politico-institucionais já experimentadas pela moderna história do Rio Grande, o seu Governador  “ dá de ombros” , viaja e vai participar de uma festa particular sem nenhuma explicação maior.  Foi flagrado por passageiros doVOO em que embarcou. Sua assessoria de comunicação, até então muda, sem prestar oserviço para o  qual foi concebida.
Só um “autista” seria capaz de assim proceder.  É pública e preocupante  a  insurreição das forças policiais diante do atraso e parcelamento dos  salários. O aquartelamento  da  Brigada Militar na segunda-feira, 03 de agosto, proibido legalmente,  já é um fato consumado.  Nenhum comandante será capaz de demover seus subordinados do protesto.  Mais, muitos deles, internamente apoiam seus comandados.  Por sua vez,  a policia Civil, por meio das entidades representativas   – ADESP  e Ugeirm Sindicato – também decidiram pelo recolhimento ao interior das dependências policiais, sem atuação externa.  Ressalvando, é claro, casos excepcionais.
A pergunta que se impõe neste momento  é a seguinte:  No atual cenário, tinha o Governador do Estado o direito de “terceirizar” responsabilidades e agir como um “avestruz”?   Claro que a resposta é NÃO!
A crise provocada pelo atraso e parcelamento de salários é um fato.  Não tem dinheiro segundo informa a Secretaria  da Fazenda e seu titular, Deputado Giovani Feltes.  Mas daí, criar “factoides” para anunciar a decisão no último dia do mês,  depois que os cortes  já haviam sido aplicados e o dinheiro “capado” já estava nas contas dos servidores é um ato cruel, desumano e até irresponsável.  Provocou toda essa revolta, muito compreensível, por sinal.
A manchete lançada pelo Cristalvox é sim,  sensacionalista!  Mas não é irresponsável. Traduz um sentimento que  grassa em todas as categorias dos servidores públicos.  Repete o Critalvox: Não é irresponsável não, na medida  em que testemunha  e  antevê  que a população,  os verdadeiros patrões dos  servidores, vai ficar à mercê da bandidagem e da criminalidade na segunda-feira.  Assim, , qualquer palavra se  “esfarela” diante do gravíssimo cenário criado pelos gerentes da coisa pública.
Portanto a manchete é muito próxima da realidade nua e crua que vivem os gaúchos…
SARTORI RENUNCIOU?   SARTORI FUGIU?
É mister  e se recomenda   a leitura das notas expedidas pelas forças policiais do Rio Grande.  Não se fale em petismo, tarcismo, direitismo, esquerdismo…  O resto é pura conversa fiada!
Policiais Militares
Associações que representam servidores da Brigada Militar estão orientando os policiais militares (PMs) a não realizarem o policiamento ostensivo na próxima segunda-feira, quando ocorre paralisação geral dos servidores públicos do Estado. Em documento assinado por algumas entidades, ficou definido que os PMs de plantão e de folga ficarão dentro dos quartéis e só sairão para a rua em casos de urgência. O presidente da associação que representa servidores de nível médio da Associação Beneficente Antônio Mendes Filho (Abamf), entidade que representa os servidores de nível médio da Brigada Militar (BM), Leonel Lucas, afirmou que a orientação é que a população não saia de casa e que o comércio não abra as portas em função da falta de policiamento.
Policiais Civis
Em nota oficial, o presidente da Asdep, representativa dos delegados, Wilson Muller Rodrigues, manifestou respeito e apoio às medidas anunciadas pela Ugeirm diante da notícia de parcelamento da remuneração dos servidores públicos. “A Asdep manifesta preocupação com a inevitável instabilidade gerada no segmento da segurança pública pelas constantes ameaças de parcelamento salarial que ora se confirmam, haja vista a notícia do não pagamento integral da remuneração devida aos seus agentes e autoridades na data constitucionalmente estipulada”, diz o documento.
De acordo com Wilson Muller Rodrigues, a entidade está orientando os delegados para, na próxima segunda-feira, limitar “o atendimento dos órgãos policiais aos casos de flagrante delito e outras situações de maior gravidade, conforme prudente entendimento da autoridade policial com atribuição legal”. Outras medidas foram discutidas no final da tarde de ontem pela categoria, visando “a defesa dos direitos da classe”.

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