O líder do Democratas no Senado Federal, Ronaldo Caiado (GO), conseguiu adiar a votação da MP 675 em comissão mista, nesta terça-feira (25/08), após atentar para um artigo referente à venda da Celg, matéria completamente estranha ao conteúdo da medida provisória.
O senador protestou em relação ao Artigo 13, que versa sobre repactuar dívidas em moeda estrangeira de empresas incluídas no Programa Nacional de Desestatização (PND). A medida indexaria a dívida da Celg com a Itaipu, que é em dólar, ao valor da moeda em janeiro desse ano.
“Estão aceitando perder dinheiro para vender a maior empresa pública do Centro-Oeste. No meio de uma grave crise nacional, querem enfiar um corpo estranho na MP 675 para preparar a Celg para ir à leilão. O que estão querendo esconder?”, indagou Caiado.
Ele apresentou questão de ordem apontando que o tema não tem nenhum tipo de relação com o conteúdo da MP. A emenda teria sido incluída pela relatora Gleisi Hoffmann (PT-PR), supostamente a pedido do governo federal e do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB-GO), interessados na venda da empresa.
“Estou pedindo a retirada desse texto na MP 675. O governo de Goiás quis enfiar seu ‘jabuti’ na MP sem que ninguém notasse. Querem embalsamar o corpo da empresa para a privatização após venderem a maior empresa de Goiás a preço de banana para o governo federal”, acusou.
Com uma série de requerimentos de obstrução, a sessão se alongou até o início da ordem do dia na Câmara e no Senado, o que obrigou o presidente, deputado Domingo Sávio (PSDB-MG), a encerrar a reunião. O assunto deve voltar a ser discutido somente na próxima semana.
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