Cruzamentos revelam que R$ 600 mil da Odebrecht a Marconi são ilegais

Cruzamentos revelam que R$ 600 mil da Odebrecht a Marconi são ilegais: pDos documentos apreendidos pela Polícia Federal que listam repasses da Odebrecht para mais de 300 políticos brasileiros, o nome do governador Marconi Perillo (PSDB) aparece em dois momentos (e possivelmente um terceiro e quarto momentos). Um deles coincide com doações legais, declaradas à Justiça Eleitoral. Trata-se do valor de R$ 200 mil, que é o montante repassado pelas empresas Leyroz de Caxias e Praiamar ao diretório do PSDB em Goiás. As outras doações que aparecem nas planilhas (julgando que os dados da planilha da Odebrecht sejam verídicos) não constam da prestação de contas da campanha eleitoral. Ou seja: pode ser propina ou caixa 2 de campanha. br /br /É no valor da doação ilegal de R$ 600 mil (divididos em duas parcelas de R$ 300 mil) que Marconi aparece associado diretamente ao codinome casero. Há ainda um terceiro momento em que doações a um MP e PG são citados, em Goiás. Supõe-se que MP seja Marconi Perillo e PG seja Paulo Garcia (PT), prefeito de Goiânia, mas nada se pode provar neste caso (a não ser que o Ministério Público Federal investigue ou aceite a delação premiada dos executivos da Odebrecht). Em um quarto momento, são citadas várias doações para Piqui (a grafia é essa mesma) e Ambrosia. Da mesma forma, não se sabe a que políticos essas citações fazem referência, ainda que a ambrosia seja a sobremesa mais famosa servida no Palácio das Esmeraldas./p
pstrongQuinto momento/strongbr /Um quinto momento é mais consistente, tem despacho do juiz federal Sergio Moro e, se comprovado, também mostra uma doação ilegal (ou seja, com fins específicos de caixa 2 ou pagamento de propina) a Marconi Perillo ou Jayme Rincón. Na terça-feira, 22 de março, a Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão no apartamento do presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop), Jayme Rincón (PSDB), em São Paulo.br /br /O despacho do juiz Sérgio Moro relata que foi registrada em planilha de Ricardo Ferraz, diretor de contrato da Odebrecht, a entrega de R$ 1 milhão em dinheiro vivo ao motorista de Jayme Rincón, que tinha como apelido Padeiro, no dia 22 de outubro de 2014, exatamente quatro dias antes do segundo turno da eleição de 2014, vencida por Marconi Perillo. A ordem era entregar o dinheiro, em espécie, no endereço do apartamento de Jayme Rincón. Também há registro na planilha de dois celulares que estavam no nome de “Padeiro”.br /br /De acordo com as investigações, o motorista de Jayme conhecido por “Padeiro” era o policial militar de Goiás, Sergio Rodrigues de Souza Vaz. Um dos anexos da representação feita pela PF ao juiz Sergio Moro reproduz a planilha com anotação a mão: Entregar (indica o endereço do apartamento de Jayme) ao senhor Sérgio (telefones registrados) dia 22/10, das 10h às 12h.br /br /Motorista de Jayme desde 2010, Sérgio Vaz morreu depois de reagir a assalto a uma pamonharia em Anápolis, no dia 31 de janeiro em 2016. Jayme Rincón disse que não tem ligação alguma com Ricardo Ferraz e que desconhece o motivo para a busca em seu apartamento./p
pstrongOutros envolvidos/strongbr /Quanto às planilhas da Odebrecht, o ex-senador Demóstenes Torres teria recebido R$ 1,2 milhão no dia 9 de setembro de 2010. O prefeito de goiânia Paulo Garcia também aparece nos documentos e teria recebido repasses de R$ 300 mil no total. Paulo Garcia afirma que na campanha eleitoral de 2012 declarou todos os gastos e todas as arrecadações ao TRE conforme manda a legislação e que não recebeu nenhuma doação da empreiteira referida. Explicação praticamente idêntica foi apresentada em a href=../noticia/3094/evasiva-nota-do-psdb-go-nao-explica-dinheiro-vivo-em-sao-paulo target=_blanknota oficial do PSDB de Goiás/a (a href=../noticia/3094/evasiva-nota-do-psdb-go-nao-explica-dinheiro-vivo-em-sao-paulo target=_blankveja nota na íntegra clicando aqui/a)./p

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