Home crise sistêmica Governo Dilma Últimas BARRIL DE PÓLVORA: CERCA DE 2.5 MILHÕES DE CHEFES DE FAMÍLIA VÃO PERDER O SEGURO-DESEMPREGO ATÉ JUNHO BARRIL DE PÓLVORA: CERCA DE 2.5 MILHÕES DE CHEFES DE FAMÍLIA VÃO PERDER O SEGURO-DESEMPREGO ATÉ JUNHO
Não bastasse o agravamento da crise econômica que achata o rendimento do trabalhador, cerca de 492 mil chefes de família deixam de receber o seguros-desemprego todo mês e ficam praticamente sem renda ou perspectivas de conseguirem um novo emprego, com o mercado em recessão.
Até junho, serão quase 2.5 milhões de brasileiros que irão perder o seguro-desemprego, segundo dados obtidos junto aos órgãos federais. A situação vai contribuir para o agravamento da crise vivida no país e aumentar ainda mais a pressão para a saída da presidente Dilma Rousseff do governo.
Desde que assumiu seu segundo mandato, mais de cem mil lojas fecharam as portas e milhões de trabalhadores perderam seus empregos, atingindo a soma de 9,6 milhões de pessoas sem trabalho. É o maior nível desde 2012.
Os Dados são oficiais e foram fornecidos pelo Ministério do Trabalho. A análise revela que uma média de 492 mil seguros-desemprego por mês vencendo de fevereiro a junho, o que irá tirar de muitas famílias uma fonte de renda crucial. O benefício é oferecido pelo período máximo de cinco meses.
A cada dia, são cerca 16.500 famílias afetadas pela perda do benefício. Uma situação que pode alimentar a frustração e dar combustível a uma onda crescente de protestos contra o governo federal, justamente no momento em que tramita na Câmara dos Deputados o pedido de abertura do processo de impeachment da presidente.
Sem expectativas de emprego. O quadro recessivo tem como elemento catalizador a insatisfação da sociedade e descontentamento com os sucessivos escândalos de corrupção inibem ainda mais os investimentos na maior economia da América Latina, em meio a um quadro de recessão.
Em artigo divulgado esta semana pela Reuters, Economistas acreditam que a recessão, a pior em uma geração, irá durar até o resto do ano, elevando a taxa de desemprego para mais de 10 por cento – atualmente ela é de 9,5 por cento. O número de pessoas sem trabalho que estão prestes a perder o seguro-desemprego pode se tornar uma fonte de insatisfação ainda mais importante.
Devido à gravidade da crise, os desempregados estão passando meses à procura de trabalho em vão. Cerca de um terço dos desempregados brasileiros estão desocupados há mais de seis meses – a taxa mais alta em 10 anos, de acordo com informações oficiais.
"Há um círculo vicioso no qual a paralisia política alimenta a recessão econômica, que reforça a crise política", disse o analista da empresa de consultoria Tendências Rafael Cortez.
"Ganância dos políticos"
A análise de pedido de abertura do processo de impeachment contra Dilma na Câmara dos Deputados se concentra nas alegações de que ela manipulou as contas do orçamento do governo, fazendo com que parecessem estar melhores do que estavam, para se beneficiar na reeleição em 2014.
Se a Câmara aprovar a abertura de um processo, caberá ao Senado também avaliar se o pedido é procedente e julgar a presidente, que ficaria afastada do cargo durante o processo.
Como muitos desempregados, Fabio Lorusso está perdendo a paciência. O profissional de relações públicas de 30 anos foi demitido em julho passado e está morando com os pais desde que o seguro-desemprego a que tinha direito acabou em dezembro. Ele culpa o escândalo na Petrobras, no qual promotores descobriram bilhões de reais em pagamentos de propinas a políticos da base governista, pela interrupção nos investimentos.
"É a ganância dos nossos políticos – as pessoas que estão nos roubando – que está manchando nossa imagem no exterior e nos dando menos oportunidades", disse. "Deveria haver mais manifestações. Não vamos mais ficar de cabeça baixa".
Até junho, serão quase 2.5 milhões de brasileiros que irão perder o seguro-desemprego, segundo dados obtidos junto aos órgãos federais. A situação vai contribuir para o agravamento da crise vivida no país e aumentar ainda mais a pressão para a saída da presidente Dilma Rousseff do governo.
Desde que assumiu seu segundo mandato, mais de cem mil lojas fecharam as portas e milhões de trabalhadores perderam seus empregos, atingindo a soma de 9,6 milhões de pessoas sem trabalho. É o maior nível desde 2012.
Os Dados são oficiais e foram fornecidos pelo Ministério do Trabalho. A análise revela que uma média de 492 mil seguros-desemprego por mês vencendo de fevereiro a junho, o que irá tirar de muitas famílias uma fonte de renda crucial. O benefício é oferecido pelo período máximo de cinco meses.
A cada dia, são cerca 16.500 famílias afetadas pela perda do benefício. Uma situação que pode alimentar a frustração e dar combustível a uma onda crescente de protestos contra o governo federal, justamente no momento em que tramita na Câmara dos Deputados o pedido de abertura do processo de impeachment da presidente.
Sem expectativas de emprego. O quadro recessivo tem como elemento catalizador a insatisfação da sociedade e descontentamento com os sucessivos escândalos de corrupção inibem ainda mais os investimentos na maior economia da América Latina, em meio a um quadro de recessão.
Em artigo divulgado esta semana pela Reuters, Economistas acreditam que a recessão, a pior em uma geração, irá durar até o resto do ano, elevando a taxa de desemprego para mais de 10 por cento – atualmente ela é de 9,5 por cento. O número de pessoas sem trabalho que estão prestes a perder o seguro-desemprego pode se tornar uma fonte de insatisfação ainda mais importante.
Devido à gravidade da crise, os desempregados estão passando meses à procura de trabalho em vão. Cerca de um terço dos desempregados brasileiros estão desocupados há mais de seis meses – a taxa mais alta em 10 anos, de acordo com informações oficiais.
"Há um círculo vicioso no qual a paralisia política alimenta a recessão econômica, que reforça a crise política", disse o analista da empresa de consultoria Tendências Rafael Cortez.
"Ganância dos políticos"
A análise de pedido de abertura do processo de impeachment contra Dilma na Câmara dos Deputados se concentra nas alegações de que ela manipulou as contas do orçamento do governo, fazendo com que parecessem estar melhores do que estavam, para se beneficiar na reeleição em 2014.
Se a Câmara aprovar a abertura de um processo, caberá ao Senado também avaliar se o pedido é procedente e julgar a presidente, que ficaria afastada do cargo durante o processo.
Como muitos desempregados, Fabio Lorusso está perdendo a paciência. O profissional de relações públicas de 30 anos foi demitido em julho passado e está morando com os pais desde que o seguro-desemprego a que tinha direito acabou em dezembro. Ele culpa o escândalo na Petrobras, no qual promotores descobriram bilhões de reais em pagamentos de propinas a políticos da base governista, pela interrupção nos investimentos.
"É a ganância dos nossos políticos – as pessoas que estão nos roubando – que está manchando nossa imagem no exterior e nos dando menos oportunidades", disse. "Deveria haver mais manifestações. Não vamos mais ficar de cabeça baixa".
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